terça-feira, 21 de junho de 2005

momento poético

8 dias depois da morte de Eugénio de Andrade, vamos saborear mais um dos seus poemas...

Surdo, Subterrâneo Rio

Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
--- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?


Eugénio de Andrade


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2 comentários:

pguedes disse...

nocas, é tb por isto q gosto de ti... q poema tão bonito :)

Senzhugo disse...

Nez, esse que colocaste é EM SILÊNCIO?