quarta-feira, 3 de junho de 2009

AC/DC

Hoje esta banda toca em Lisboa.

Há muito tempo que se discute se o rock e o satanismo andam de braço dado.
Há quem diga que as iniciais deste grupo é um indicativo de corrente contínua e alternada (facilmente se confirma que sim no google). Porém, a utilização de símbolos demoníacos e músicas como Highway to Hell ou Hell's Bells levaram outros a argumentar que sigla não é mais que anti-Christ/devils children ou death Christ.

O certo é que há muita informação a circular sobre este tema na net sem qualquer referência a fontes, o que abala a sua veracidade.

Olhando para algumas letras de músicas, há referêncais expressas ao diabo: "I'm on the highway to hell / Highway to hell / I'm on the highway to hell / Highway to hell / No stop signs, speedin' limit / Nobody's gonna slow me down / Like a wheel, gonna spin it / Nobody's gonna mess me 'round / Hey Satan! Paid my dues / Playin' in a rockin' band / Hey Mama! Look at me / I'm on my way to the promise land".

"I won't take no prisoners, won't spare no lives / Nobody's puttin' up a fight / I got my bell, I'm gonna take you to hell / I'm gonna get ya, Satan get you / Hell's Bells / Yeah, Hell's Bells / You got me ringin' Hells Bells / My temperature's high, Hell's Bells."

Olhando para a simbologia que utilizam é também frequente vermos, por exemplo, os cornos do diabo.

Marketing ou convicção? Eis a questão.
Certo é que as evidências são mais que muitas embora a banda nunca tenha assumido esta realidade.


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12 comentários:

mvs disse...

Não acredito que toda a música rock seja diabólica, mas alguma parte sim. Há uns meses lemos aqui o testemunho impressionante de um produtor de música techno que se converteu depois de uma experiência horrorosa. Ele contou que a certa altura apercebeu-se de que havia grupos satânicos por trás deste tipo de música (lá está, se toda ou não, não sei) e que se serviam de festivais de música para fazer passar as suas mensagens (tipo "o suicídio é bom" e coisas do estilo). Por fim, quando se deu conta das pessoas com quem estava metido, tentou fugir, mas ainda foi perseguido por eles. A história é mesmo impressionante, se algum dia a conseguir traduzir para português, ponho aqui algumas partes.

Anónimo disse...

...n acredito que li isto....RIDICULO! Por isso ek cada vez há menos católicos no Mundo...com ideias como esta, quem aguenta? Vão buscar cada coisa....

mvs disse...

Ao menos os poucos que há não têm vergonha de dar a cara (ao contrário de alguns anónimos...).

Domingueira disse...

Muito bem Mariana. Quem fala assim não é gago!

Confesso que ligo pouco a estas relações rock-diado, talvez devesse prestar mais atenção. Até ouço bastante desta música, mesmo sabendo que não são muito Cristãs. Não só AC/DC mas Metallica, Guns, ... . Só se deixa influênciar pela música e pelas letras quem quer.

Se o bilhete não fosse tão caro, eu, com certeza, que tinha ido ao concerto. Um dos meus irmãos foi e gostou imenso. Até me telefonou de alvalade para eu ouvir um bocadinho.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Ah realmente têm razao...n tinha reparado que tava anonimo, pk tinha acabado de comentar noutro blog axei q tinha ficado o meu contacto! Agora já sabem quem é :) n tenho vergonha nnh de dizer q coisas como estas que me afastaram da igreja, e cada vez me afastam mais. Acho completamente ridiculo! E principalmente tenho pena que os católicos percam tanto tempo a criticarem outros em vez de olharem para o próprio umbigo, como deviam!

João Silveira disse...

Olá Macanica, tudo bem? Long time no see.

Em relação aos motivos que te afastaram da Igreja, lá saberás quais são, não vou por aí.

Em relação a este post, ninguém está a dizer que os AC/DC são as piores pessoas do mundo, nem sequer que são melhores ou piores do que nós.

Simplesmente a mensagem que passam em algumas músicas, seja por puro marketing ou por uma verdadeira ideologia oculta, custa-nos a aceitar. Isto porque não reconhecemos nessa mensagem a verdade, é uma mentira, e pode enganar muita gente. E o facto é que engana, basta ver as histórias das pessoas fanáticas pelos AC/DC (encontrei várias na internet).

Então eles devem ser censurados, porque podem educar pessoas de maneira errada? Não! Mas também não devemos ficar calados, quando vemos pessoas a irem por caminhos que não os vão levar à felicidade.

Perante um amigo meu que se mete em drogas duras, devo ficar calado? Não, devo tentar alertá-lo, por muito que a decisão lhe caiba.

Quando dizes que os católicos perdem muito tempo a criticar, e deviam olhar mais para si próprios, em certa medida tens razão, ainda ontem mandei uma mensagem sobre isso. Mas a crítica pode ser necessária, como já disse atrás. A questão passa sempre pela necessidade da critica negativa. O que vou dizer vai ajudar alguém a ser mais feliz, a aproximar-se mais da verdade? Se sim, em principio devo falar. Se é apenas para dizer mal, então devo ficar calado.

Mas achas que os católicos fazem mais isso do que os não-católicos? Não me parece.

Aliás, lanço-te um desafio, mostra-me pessoas que tenham "deixado" de ser católicas e por isso se tenham tornado melhores pessoas. Por cada pessoa dessas, eu mostro-te 10 pessoas que se tornaram melhores pessoas porque se tornaram católicas. Repara na vantagem, 1 para 10, não encontras negócios destes em mais nenhum lado.

Grd beijinho

Senzhugo disse...

Bom, eu poderia sempre dizer que não sou católico. E agora?

Margarida P disse...

Cada vez mais vai-se aos medicos da psique por coisa ridiculas como vocação profissional, etc e em contrapartida os verdadeiros doentes vão perdendo ao pouco o seu lugar.
Tenho a certeza que a maioria dos que fazem moche e a totalidade dos goticos deve ter boas historia de infancia pa partilhar mas ainda só descobriram a devoção à tristeza e decadencia.
Deixar os tristes entrar num ciclo de revolta contra tudo e contra eles proprios não é tolerância nem respeito, é egoismo.
E acho convictamente que, nós católicos, nos devemos criticar.

Anónimo disse...

Existe uma grande diferença entre criticar e ajudar... e mesmo entre ajudar e ajudar a sério. Mas isso já é outra história. E eu também posso contar coisas sinistras feitas por pessoas católicas fanáticas, ou por pessoas que gostam de música que não tem Hell na letra, ou que gostam de qq coisa totalmente "inocente" aos olhos católicos e também fizeram mal a si e a outros. A questão que eu quero focar é que não se pode ir por aí, e não acho que as pessoas simplesmente por se tornarem católicos se tornem melhor, nem por se tornarem em não católicos se tornem piores. O que interessa é o que cada pessoa faz sinceramente pelo próximo, e não naquilo que mostra que faz. É fazer o bem, e sermos bons uns para os outros, e o que vejo aqui não é isso, mas sim segregação e critica apenas pela música que ouvem. Isso aí a meu ver, não é muito católico!

Margarida Paccetti disse...

Tenho de conhecer um católico fanático.
Católicos maus há muitos, como eu e tu. Achas que deviamos deixar de ser católicas?
Uma mãe bebeda deve deixar de ser mãe ou de ser bebeda?

Eu acho que somos todos iguais, feitos da mesma massa permeável só que temos uma preparação diferente. Todos vimos o dragon ball mas alguns chegaram a recria-lo na realidade. O mesmo com a música, os satanicos existem e às vezes vão brincar (com outros que não queriam)aos vivos e aos mortos para a serra da arrabida. São a minoria, claro. Mas continuo a achar que mesmo o resto, os metaleiros, também gostavam de um abraço. Todos aos encontrões à procura da afectividade.

Zé Maria Duque disse...

Macanina,

a Igreja distingue claramente o pecado do pecador. Dizer que algo é um pecado não é excluir quem o pratica.

Jesus acolheu a mulher adultera, mas mandou-a não pecar. Acolheu Zaqueu, mas ele prometeu devolver o que tinha roubado. Acolheu Mateus, mas ele não voltou a ser cobrador de impostos.

Apontar o erro não é excluir. Claro que isto se pode tornar num moralismo, do género farisaico "eu que sou puro e bom digo-te que não peques". Mas não é isso que um católico deve fazer. Se fizer isto, está errado.

A correcção, desde que feita com caridade e humildade, é um acto de amor.

E sim, há católico que fizeram coisas horríveis. Mas Jesus escolheu pescadores, cobradores de impostos, ladrões disfarçados de rebeldes (Simão o Zelota), até acolheu prostitutas. Estavas à espera de que? Que fossemos todos perfeitos?

Para acabar, não sei se os AC/DC são satânicos ou não. Sei que o demónio existe e que não devemos brincar com ele.