sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A tentação que Padre Pio sofreu para não ser franciscano

Quando eu ainda era um protestante, alguém me deu uma pagela do Padre Pio. Nessa altura, o Padre Pio ainda era um "Beato", pois ainda não tinha sido canonizado. O meu amigo explicou-me que o sacerdote de barba representado na pagela tinha tido os estigmas. Eu ainda tenho a pagela por aí algures.

Lembro-me de me ter impressionado com duas coisas. Primeiro, que alguém pudesse mesmo receber os estigmas. Segundo, que pessoas modernas acreditavam que este tipo de coisas podiam ainda acontecer nesta "era iluminada". Desde então, cresci em amor ao Santo Pio cada vez mais. Talvez ele tenha estado a rezar pela minha entrada na Igreja Católica.

Recentemente li uma coisa sobre o Padro Pio que me impressionou. Era uma citação do Padre Pio sobre a sua angústia sobre se se devia tornar um frade franciscano quando tinha cerca de quinze anos:

Lembrava o Padre Pio:
“Senti duas forças a chocar dentro de mim, a romper o meu coração: o mundo queria-me para si e Deus chamava-me para uma nova vida. Seria impossível descrever este martírio. A simples memória da batalha que aconteceu dentro de mim congela o sangue nas minhas veias.
Surpreendentemente, o jovem Francesco (o nome de baptismo do Padre Pio) entrou no noviciado dos Franciscanos Capuchinhos aos 16 anos de idade! Conhecem muitos rapazes de dezasseis anos a esforçar-se ao máximo para entrar em ordens religiosas?
A vida do Padre Pio mostra que não devemos assumir que Deus nos revela tudo quando Ele quer começar uma grande transformação sobrenatural nas nossas almas. Vejam Noé, Abraão, Moisés, David, Elias, Ester, João Baptista, a Santíssima Virgem Maria e os Apóstolos. Podiam eles imaginar onde as suas vidas os iam levar? Deus esconde-nos o futuro por boas razões.
O Padre Pio é uma lembrança do século XX de que Deus ainda trabalha desta forma. Se estão a lutar com a vontade de Deus para a vossa vida, então é um bom sinal. Se se estão a contorcer, bem-vindos ao clube. Têm o Padre Pio como companhia... e todos os santos.

Na minha vida eu olho para trás, para esses momentos de "vale" e posso dizer honestamente que Deus fez sempre uma coisa impressionante em cada ocasião. Quando estava a deixar o presbiterado episcopaliano eu não fazia ideia do que ia fazer a seguir. Como é que ia ganhar a vida? Onde iria morar? Era um mistério total. No entanto, se eu tivesse esperado que Deus me mostrasse todos os detalhes, ainda seria um padre episcopaliano...

Se eu senti as "duas forças a lutar dentro de mim", como o Santo Pio descreveu? Podem crer que sim! Mas algures ao longo do caminho, a suave voz do Espírito Santo guia-vos na direcção certa. Ainda nos contorcemos, mas não ficamos orfãos.

Taylor Marshall


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