segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

A obra prima de São João Evangelista

São João evangelista começou o seu evangelho com um texto que encantou todas as gerações. O prólogo é duma beleza e profundidade tais que é lido no final de todas as Missas em Rito Romano Tradicional. Vale a pena ler e rezar.

Latim:

In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. 

Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Joánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine. Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. 

In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem recepérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine ejus: qui non ex sanguínibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt. (Hic genuflectitur) Et Verbum caro factum est, et habitávit in nobis: et vídimus glóriam ejus, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritátis.

Português:

No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram por Ele criadas, e nada daquilo que foi criado teria sido criado sem Ele. N’Ele havia vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas a não receberam. 

Apareceu um homem, mandado por Deus, e o seu nome era João, o qual veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que por ele todos acreditassem. Ele não era a luz, mas aquele que havia de dar testemunho da luz. Existia a luz verdadeira, a luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Ele estava no mundo, e o mundo, embora houvesse sido criado por Ele, O não conheceu. 

Veio ao que era seu, e os seus O não receberam. Porém, Ele a todos quantos O receberam e aos que acreditaram no seu nome deu o poder de serem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, mas somente da vontade de Deus. E o Verbo fez-se carne (genuflecte-se) e habitou entre nós; e contemplamos a sua glória, como era própria do Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.


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